Engenheiro? #SQN mais!
Concluí o curso de Engenharia de Produção no final da década de 80 e considero que minha escolha foi …
Concluí o curso de Engenharia de Produção no final da década de 80 e considero que minha escolha foi …
Costumo ouvir frases do tipo: “Mostre quem você realmente é, expresse sempre o que você realmente…
Para muitos, quando ficamos em silêncio por muito tempo, normalmente vem a desconfiança e o sentimento de…
Do médico, espera-se sempre uma alta competência técnica, um comportamento humanizado, equilibrado…
Presenteie não só com o que as pessoas querem ouvir, mas também com o que elas precisam escutar “ Ao dar um presente, você escolhe algo que você goste ou aquilo que o outro iria gostar? “ Esta é uma das perguntas que faço nos meus workshops e a resposta parece óbvia. Mas repense, agora refletindo a realidade. Na maioria das vezes, prevalecem os nossos gostos pessoais e não os desejos do outro. Esse é um singelo sinal de falta de empatia. Transferindo esse mesmo pensamento para a comunicação, a relação se torna clara. Ao se comunicar, é importante oferecer não só o que a pessoa gostaria de ouvir (e você de falar), mas também o que ela precisa para evoluir. Nesses casos, cuidar da forma de falar é ainda mais importante. A comunicação precisa ser ofertada com cuidado e carinho, de forma empática para que a transmissão da mensagem seja bem-sucedida. Em busca do melhor presente Mas como fazer da comunicação um bom presente? Para estabelecer empatia com o outro? O primeiro passo é o que batizei de auto-empatia. Para isso, é preciso comunicar-se bem consigo mesmo. Observar os próprios pensamentos, entender as próprias necessidades, medos e fraquezas é fundamental para reconhecer também os desejos, limites e fragilidades do outro. Entenda primeiro o que você gosta de ganhar ou precisa ouvir de quem se importa com você. A partir da auto-observação, olhe para o outro buscando entender como se sente, o que o move, onde estão seus pontos de desenvolvimento. As pessoas possuem crenças, valores e ideais que possivelmente não mudarão. Ao se deparar com um limite do outro, por exemplo, trabalhe a sua comunicação para fazer o melhor possível sem ultrapassá-lo de maneira agressiva. O propósito da comunicação como um presente é levar solução, satisfação de desejos ou até a resolução de um problema para a outra pessoa. O mais importante aqui não é apenas ter uma boa intenção, mas, sim, garantir que o resultado da sua fala gere a sensação esperada no outro. Argumentos ouro, prata e bronze Assim como com presentes, para conquistar a sua audiência durante a comunicação é importante conhecê-la. Quando você sabe para quem está falando, a chance de alcançar o sucesso é maior, pois você conhece os interesses e as crenças de quem ouve e, a partir disso, pode direcionar o discurso usando só o que chamo de “argumentos ouro”. Existem argumentos ouro, prata e bronze. O ouro é aquele que proporciona uma comunicação de alto impacto: que vai além do que é lógico e racional e desperta a emoção do outro. Para isso, como um presente, precisa ser direcionado a uma pessoa específica, ou a um grupo específico. Um argumento (ou um presente) genérico não é um argumento ouro. Suas chances de não agradar são maiores. Recentemente, em um dos meus workshops, me questionaram sobre como causar um alto impacto em uma apresentação de números para um diretor financeiro. A pessoa estava convencida de que números não emocionam. Mas isso valia para ela. Para o diretor financeiro, provavelmente os números emocionam, sim. Afinal, o trabalho dele é mensurado exatamente por meio de resultados. Para ele, os números são um argumento ouro. São relevantes e emocionam. Já para um diretor de recursos humanos, os números podem ser um “argumento bronze”, que não geram um grande impacto nem possuem tanta relevância. Conheça sua audiência e comunique-se usando os melhores argumentos que tem para oferecer especificamente para ela. Os três terços Existe uma parte da comunicação, porém, que não depende de você. Sempre digo que a comunicação é dividida em três terços, e apenas um está sob sua responsabilidade. É o primeiro terço, aquele que só depende de suas atitudes. O segundo é o terço que cabe ao outro: como ele vai se sentir e receber o que você oferece. O último terço é o das circunstâncias, que não está sob controle de ninguém. É o acaso, são os fenômenos que podem alterar o curso dos fatos, o imponderável. Ou seja, não é possível controlar o ciclo completo, mas é possível e recomendável influenciá-lo. Portanto, cuide dos 100% do terço que estão ao seu alcance. Tenha a consciência de que na comunicação há situações de que ultrapassam a sua alçada. Mas faça o seu melhor para oferecer ao outro o que será melhor pare ele. Como tem sido a comunicação na sua empresa? Você está oferecendo bons presentes para os outros? Como você tem cuidado do seu terço? Conte nos comentários.
Dizer a verdade pode não se confortável nem garantir o negócio fechado na hora, mas constrói relações duradouras e reputações melhores
A arte de contar uma boa história. Esta é a definição mais adequada do termo anglicano “storytelling”, que pode ser traduzido como “narrativa”…
A confiança começa na autoconfiança. Um antídoto para o fenômeno que nos leva a duvidar de nossa própria capacidade e competência, é construir a credibilidade com consistência Outro dia, duas empresas de um grupo procuraram a SOAP, uma sem saber da outra, mas ambas com o mesmo objetivo: encomendar uma apresentação que as ajudasse a ganhar a concorrência de um projeto comum. Quando soube que isso havia acontecido, me vi numa saia justa. Liguei para o dono do grupo para perguntar o que fazer. Mais importante do que manter os dois trabalhos era não arriscar a relação de confiança que construímos com aquela empresa durante anos de prestação de serviço. Ou soar como alguém que queria tirar vantagem da situação. Por mais que se conheça as próprias intenções, em certos momentos nos vemos vulneráveis ao julgamento do outro. Essa pode ser uma das expressões de um fenômeno que tem despertado a atenção de muita gente: a síndrome de impostor, uma sensação de que a qualquer momento seremos desmascarados por não sermos tão bons quanto parecemos. “Siga em frente com os dois”, respondeu o empresário, confirmando que a confiança estava estabelecida entre nós. Ele sabia que teríamos duas equipes atendendo aos diferentes times e que elas não trocariam informações. Esse episódio é um entre tantos dos quais me orgulho ao longo da minha carreira. Criar e manter relações de confiança sempre foi um objetivo implícito na minha comunicação, ainda que inicialmente eu o fizesse de maneira mais intuitiva do que intencional. A seguir, compartilho com você alguns dos elementos que concluí serem mais importantes na construção de nossa confiança interna e das relações de longo prazo. 1. A confiança começa na autoconfiança. Nós enxergamos o mundo sob os nossos filtros, então, se somos confiáveis, naturalmente tendemos a confiar nos outros. Nesse sentido, a confiança anda muito próxima do otimismo – e ambas são características ligadas à atitude empreendedora. Para arriscar-se em um novo negócio, por exemplo, você precisa, ao mesmo tempo, confiar no próprio taco e confiar que as coisas vão dar certo. Quando decidi abrir minha primeira empresa, uma consultoria de qualidade e produtividade, eu confiava tanto no meu trabalho que entrei em um mercado que não conhecia, de pequenas e médias empresas. Para isso, deixei meu emprego na consultoria em que trabalhei por quatro anos, atendendo grandes companhias. Eu não precisava competir com meu antigo empregador, levando comigo seus clientes, como já vi pessoas fazerem em diferentes mercados. Tão importante quanto a confiança de quem me contratasse era manter a relação de quem havia me dado oportunidades até ali. E tudo começava na confiança de que meu trabalho daria frutos. A autoconfiança também está ligada ao domínio emocional. Diante de situações que despertem o medo – como falar em público, para muita gente –, o sentimento de insegurança pode tomar conta, e isso transparece em sua comunicação não verbal. Gestos hesitantes, movimentação excessiva, fala acelerada são alguns dos sinais que o interlocutor ou a audiência captam, mesmo que não identifiquem exatamente o que está saindo do tom. A dúvida ou incongruência do apresentador tendem a despertar a desconfiança em quem ouve. Se, ao contrário, você está no comando de seus gestos, ganha ou fortalece a confiança por meio da sua atitude. 2. Ser confiável é tão simples quanto falar a verdade. Parece óbvio e fácil: fale a verdade, e as pessoas tendem a confiar em você. Mas na prática não é assim. Infelizmente, muita gente pensa que precisa mentir para conseguir o que quer. Ou espera que os outros confiem neles primeiro. Tenho observado que a confiança deriva da empatia: quando entendemos a perspectiva do outro, fica mais fácil baixar a guarda e falar do que é caro para nós. Os primeiros clientes da minha consultoria, consegui confiando, em mim e neles. Minha proposta era que me deixassem entrar em suas empresas por alguns dias só para observar a rotina. Não precisavam me pagar nada por isso. Eu me apresentava para os funcionários de todos os níveis hierárquicos, explicava que estava ali para identificar possíveis melhorias no trabalho, falava de mim, estava aberto para responder suas perguntas. Quando, ao fim daquele período, eu apresentava as recomendações de melhoria, a confiança já estava estabelecida. Fechar o negócio era consequência. 3. Mostrar a relevância do que tem a oferecer. Prometer e entregar o que promete é fundamental para a manutenção de uma relação de confiança. Com meus clientes, da consultoria de qualidade e mais tarde da SOAP, mostrar o valor que posso agregar com o trabalho é essencial para que continuem confiando em mim. Para isso, ter conhecimento técnico sobre o assunto em questão é básico. Isso inclui a disponibilidade de abrir mão de um trabalho em que percebo que não sou necessário. Diversas vezes, já falei para clientes que eles não precisavam da gente, embora pensassem que sim. Uma delas, um executivo queria que preparássemos uma apresentação para um projeto de estacionamento. Quando ele falou a ideia, vi que tinha o roteiro pronto em sua cabeça, e as imagens para os slides eram fáceis de definir. Eu falei: “Você não precisa contratar a SOAP. Vou te dar a minha opinião, e você mesmo pode fazer sua apresentação”. Nessas horas, perdemos o projeto, mas fortalecemos a confiança do cliente, que vê que sabemos exatamente o que temos para oferecer – e quando. 4. Cerque-se de pessoas iguais ou melhores que você. Esta é a minha filosofia. Vejo nossos círculos de relacionamentos como peças de um sistema que deve estar sempre saudável. Quando precisamos de uma indicação de um profissional, por exemplo, pedimos para quem confiamos. Se as pessoas que temos para sugerir não forem também confiáveis, a própria reputação de quem indica está em risco. O contrário também é verdadeiro: ao apresentarmos pessoas honestas e bem preparadas, fortalecemos nossas próprias relações. E você, como nutre suas relações de confiança?
Quem comunica de modo eficiente concentra-se nas necessidades do interlocutor. Essa prática, além de conectar as pessoas, também favorece o trabalho em equipa e relacionamentos de sucesso. No início de Maio, Michael Hood, co-fundador de 22 anos da startupcanadiana Voiceflow, pegou no seu smartphone e apontou para Warren Buffett, que estava sentado ao lado dele no banco de trás de um carro: “Então, você está conversando com pessoas jovens. Qual é a dica que pode dar a pessoas de 21, 22 anos, que se estão a formar?” O “Oráculo de Omaha” não hesitou: “Invista em você mesmo. A única maneira de valer 50% a mais do que você vale agora é aprimorando as suas habilidades de comunicação — tanto escritas quanto verbais. Se não consegue comunicar, é como piscar [o olho] para uma miúda no escuro — nada acontece. Pode ter toda a inteligência do mundo, mas tem que ser capaz de transmiti-la. E a transmissão é comunicação.” Compartilho com Buffett a mesma convicção. Acredito que o êxito profissional é alcançado a partir da soma de três pilares: formação técnica eficaz, networking qualificado, e, claro, uma comunicação eficiente. Para já, vou-me focar apenas nesse último elemento. Isto porque a capacidade de comunicar com eficiência é cada vez mais uma das competências essenciais na actualidade, tanto na esfera privada como no mundo do trabalho. E não apenas para ser contratado, mas para permanecer no lugar. Quando falo em comunicação, não me refiro apenas ao processo aprendido na escola, em que um emissor envia uma mensagem, por um determinado canal, a um passivo receptor. Não. Entendo comunicação como um processo pelo qual partilhamos informações, transmitimos mensagens, fazemos perguntas e expressamos os nossos pensamentos e sentimentos. Entendo-a como um dos fundamentos da liderança, exercida para motivar pessoas a alcançarem objectivos comuns. Peter Drucker, pai da administração, escreveu no seu livro People and Performance: “No futuro haverá uma relação directa entre o sucesso profissional e a capacidade de escrever e falar. As pessoas vão crescer na empresa à medida que melhorarem essas habilidades.” Acredito não apenas que Drucker acertou em cheio, como o referido futuro já chegou. O desafio, no entanto, é: como se fazer compreender e ser compreendido no ambiente de trabalho? Penso que a base da comunicação eficiente é não praticar julgamentos. Quando observamos sem julgamentos, comunicamos naturalmente de maneira mais assertiva. A comunicação assertiva é um modo de expressão que nos permite emitir mensagens honestas e objectivas, sem desconsiderarmos o ponto de vista e as necessidades do outro. Situações como a crítica entre os colegas, o individualismo proveniente dos ruídos em equipa, a desagregação através de intrigas, a depreciação da figura do cliente e a insegurança no posicionamento da fala são só alguns problemas de comunicação que acabam por atrapalhar a carreira de um profissional. É aí que entra a importância de desenvolver a inteligência emocional e praticar a estrutura de um diálogo proactivo. Os conflitos nascem da dificuldade de compreender e ser compreendido. A oposição entre as pessoas começa na divergência de interpretação sobre os mesmos factos, na discordância sobre quem deve resolver os problemas e, por fim, na dificuldade de fazer pedidos e perguntas assertivas. Estamos tão presos à necessidade de agilidade, sempre “na luta” ou “na correria”, que não vemos o quanto a nossa comunicação pode ser reactiva, ineficiente e muitas vezes violenta. O primeiro passo para praticar a compreensão é treinar a escuta activa e ouvir com atenção. À medida que aprendemos a compreender a mensagem que está a ser transmitida, permitimos uma maior sensibilidade e, com isso, estabelecemos uma conexão genuína, evitando conflitos. Outro passo fundamental é prestar atenção ao momento certo para expressar a nossa opinião. Falar no momento errado pode acabar por comprometer o discurso e a compreensão daquilo que almejamos dizer. Escolher boas palavras e praticar a objectividade também é imprescindível. Aliás, nada mais óbvio na comunicação do que ir directo ao ponto, sem esquecer, evidentemente, que o corpo fala. Os nossos olhos e gestos comunicam; por isso, a importância de ficar atento à linguagem corporal. Para melhorar a forma de comunicar, é preciso conhecer-se e ter clareza sobre os impactos da mensagem. Quem comunica de modo eficiente concentra-se nas necessidades do interlocutor. Essa prática, além de conectar as pessoas, também favorece o trabalho em equipa e relacionamentos de sucesso. Para um profissional ter credibilidade dentro da empresa, além de desempenhar com excelência as suas atividades, tem de comunicar assertivamente com o máximo de pessoas possível. Influência é rede. E comunicação é (e sempre será) a chave. Artigo também publicado pelo Jornal Público de Portugal
Imagine a seguinte cena: você desenvolveu uma nova tecnologia, com potencial para revolucionar o mercado e, certo dia, encontrou no elevador …
Para casos menos críticos, em que a dificuldade de se expor é focada em momentos pontuais, como falar em público, a “recuperação” é mais simples, pois é uma capacidade que pode ser aprendida e controlada …
Era sexta-feira quando comecei o trabalho de preparação com uma das gestoras de uma grande empresa. Ela falaria por oito minutos na convenção da companhia.
Existem algumas perguntas que, de cara, preferíamos não responder. Mas é engraçado que elas se repetem, como um insistente chamado para…
Por Eduardo Adas, sócio-fundador da SOAP. Imagine a seguinte situação: você terá de fazer uma apresentação para um público de outro estado. Então, na hora de preparar a comunicação…
O tempo pode ser o melhor amigo ou pior inimigo. É preciso pouquíssimos segundos para conquistar o público. Oito segundos, especificamente, quando o público for mais jovem.
Por Eduardo Adas, sócio-fundador da SOAP
Como engajar a audiência e alinhar as próximas estratégias
As reuniões de resultados são usadas geralmente para mostrar o que …
Falar demais,principalmente quando as ideias não estão encadeadas em um bom roteiro, pode entediar a audiência. Artigo aborda o uso de elevator pitch
Para fazer valer o investimento, é preciso assegurar que a mensagem seja compreendida: ou seja, a preocupação com a comunicação não é única, mas é fundamental…
Na hora de comunicar, profissionais focam tanto em jargões que acabam perdendo os potenciais clientes, que não são obrigados a dominar os aspectos técnicos e podem confundir-se …
Por que trememos, suamos frio e ficamos nervosos em apresentações profissionais?
Falar em público é um dos maiores medos dos seres humanos…
Por Eduardo Adas, sócio-fundador da SOAP
No mundo dos negócios, algumas oportunidades são únicas…
Por Eduardo Adas, sócio-fundador da SOAP. Qual é o seu vício de linguagem? Aquela palavrinha que você usa sempre como muleta no meio das frases? Não precisa se sentir mal por isso, quase todo mundo tem alguma.Mania de falar palavrão ou usar interjeições sem sentido como “tipo” são os clássicos. Se os vícios de linguagem podem irritar durante uma conversa informal, imagine no meio de uma apresentação. O hábito estraga a performance de qualquer palestrante porque é inapropriado, mas principalmente porque gera falha na comunicação. Passa a impressão de insegurança a quem ouve, desconhecimento em relação ao conteúdo e desvia a atenção. Veja só alguns exemplos: – “Aaaaaah”, “hã”, “ééééééé”, “hum”, “veja bem”, “né”, “é relativo”: expressões que não significam nada e ocupam os vazios da fala.– Fazendo modificaçõezinhas nas palavras: o gerúndio e o diminutivo também podem ser um vício de linguagem. Se você faz isso com vários verbos e substantivos, preste atenção – pode estar usando um recurso desnecessário.– Sentido esvaziado: cuidado ao escolher uma palavra para usar em todas as situações. Um exemplo é o advérbio literalmente. Quantas vezes não ouvimos “literalmente” sem a pessoa querer dizer algo literal?– Modismos: evite os clichês do momento, como “alinhar”, “compartilhar” e “gratidão”. Se você tiver algum, não se preocupe! Ter um vício não significa que você é despreparado ou tem déficit de vocabulário. As pessoas que mais sofrem com isso são geralmente aquelas que pensam e falam rápido demais durante a apresentação. É a falsa crença – inconsciente – de que é preciso falar sem parar. Entrar naquele modo “aperta o play e vai” só atrapalha. Como e por que eliminar os vícios de linguagem? A melhor forma de melhorar esse comportamento é FAZER PAUSAS. Os vícios são justamente a tentativa frustrada de preencher lacunas, respiros, vazios. Geralmente são junções de frases, palavras fora de contexto, emendas de pensamentos. No lugar, que tal silenciar? As pessoas têm medo de perder a linha de raciocínio ou a atenção da plateia, mas não há razão para temer silêncios breves. O efeito tende a ser o oposto: os apresentadores que utilizam as pausas são mais cativantes. Falas sem afobação transmitem segurança e credibilidade. Se duvidar, assista a um discurso do ex-presidente dos EUA, Barack Obama. Bastam dois ou três segundos, especialmente logo depois de concluir uma ideia. A pausa facilita o entendimento da mensagem pela audiência, já que o interlocutor tem tempo para processar aquela nova informação. Para o apresentador, é útil como um momento de oxigenação para o cérebro e reestruturação: aqueles poucos segundos em silêncio entre uma frase e outra permitem que você consulte seu arquivo mental e se conecte com o seu roteiro. Além disso, elas podem ser usadas, acredite se quiser, como forma de ênfase. O próprio Obama que citamos acima utiliza muito esse recurso! Outras dicas práticas são ler mais em voz alta ou ler para alguém com mais frequência, seja um colega ou um familiar, e ensaiar a apresentação sem decoreba. Decorar é armadilha certa para, ao esquecer uma só palavra, já substituí-la por outra bem vazia, só tentando ganhar tempo. Ao eliminar vícios para uma apresentação, você pode eliminar muletas usadas em todas as outras conversas da sua vida! Artigo também publicado pelo IBEF
Os erros de linguagem corporal que podem prejudicar sua apresentação
Por Eduardo Adas, sócio-fundador da SOAP…