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5 habilidades de comunicação corporativa que são requisitadas no mundo do trabalho e como desenvolvê-las

Não é novidade para ninguém que estudar e ensinar sobre comunicação é a minha paixão. Nada me deixa mais feliz do que ver empresas e pessoas valorizando cada vez mais essa habilidade que faz uma enorme diferença na trajetória profissional — do processo seletivo à promoção de cargo. Saber se apresentar, contar a sua história, argumentar… Tudo isso está presente no nosso dia a dia pessoal e no trabalho.

A comunicação corporativa em si é algo muito amplo, que engloba diversas habilidades sobre as quais vou falar ao longo deste artigo:

  • Empatia;
  • Escuta ativa;
  • Domínio emocional;
  • Capacidade de criar conexão emocional;
  • Mensagem clara

Todas são muito importantes para a carreira. Para aprender um pouco mais sobre cada uma, continue comigo por aqui!

1. Empatia

A empatia se trata da capacidade de se colocar no lugar do outro e acolher os seus sentimentos sem julgamentos. Na teoria, parece muito fácil, mas, na prática, é um desafio e tanto.

Ao exercitar a empatia, você tende a entender melhor os argumentos e percepções da pessoa com a qual está se comunicando, o que também contribui para o fortalecimento da conexão e do respeito na relação. No caso de apresentações e reuniões, é uma habilidade extremamente importante porque, ao se colocar no lugar do outro, você consegue construir um roteiro muito mais estratégico a fim de se conectar com o interlocutor para atingir os seus objetivos.

2. Escuta ativa

Todo processo de comunicação é feito com duas ou mais pessoas, certo? A escuta ativa não se trata apenas de ficar em silêncio enquanto o outro fala.

Escutar é muito mais do que ouvir, é estar focado ao máximo na outra pessoa. O processo para aplicar a escuta ativa é dividido em 3 etapas:

  • Fazer perguntas objetivas e precisas;
  • Procurar entender o que o outro fala da forma mais empática possível, respeitando e tentando sempre compreender as suas crenças e sentimentos;
  • Validar com a outra pessoa o seu entendimento, antes de trazer à tona a sua visão sobre o tema.

Demonstrar interesse, questionar e realmente se colocar à disposição do outro durante essa troca faz total diferença no processo comunicativo. Em situações de conflito, não fique apenas esperando a sua vez de falar.

Realmente escute o que o outro tem a dizer e pense com calma antes de se posicionar. A escuta ativa garante maior eficiência na comunicação, reduzindo desentendimentos e ruídos que podem ser evitados quando você passa por essas três etapas que descrevi acima.

A escuta ativa nas apresentações

Lembre-se de que a comunicação é uma via de mão dupla e, para atingir os seus objetivos, é necessário entender o que é relevante para a audiência. Por isso, escutá-la de verdade, auxilia na condução da sua apresentação. Dessa forma, é possível direcionar a rota do seu discurso a fim de torná-lo mais atrativo e persuasivo.

Sem a escuta ativa, portanto, você continua falando sem dar atenção à quem mais importa na apresentação: o público.

3. Domínio emocional

Quando não estamos nos sentindo bem, isso transparece na nossa comunicação. Sempre reforço que, para ser um excelente comunicador, antes de tudo é preciso ter autoconhecimento e estar se sentindo confiante, saudável e no controle das suas emoções.

Ter a inteligência emocional significa reconhecer e dominar as suas emoções, habilidade fundamental para alcançar o sucesso ao se comunicar, seja na vida pessoal ou profissional. Quem fica nervoso para falar em público sabe como é importante ser capaz de lidar com as mãos suando, o coração acelerado e outros efeitos da ansiedade.

A falta de domínio emocional é capaz de impactar negativamente a postura e a oratória durante uma apresentação, reunião ou uma simples conversa. Infelizmente, dessa forma, a própria mensagem não é transmitida de maneira eficaz. Por isso, antes de focar em se comunicar com o outro, é necessário se comunicar consigo mesmo e se questionar:

  • Como estou me sentindo?
  • O que preciso melhorar?
  • O que faz eu me sentir vulnerável?
  • E por que isso é importante?

Porque quando você não está bem consigo mesmo, isso reverbera na sua postura, tom de voz e domínio emocional, que são pontos fundamentais para se comunicar com o outro. Portanto, a sua comunicação sempre transparece a sua essência e como você está se sentindo. E é por isso que a qualidade da sua comunicação reflete a qualidade da sua vida.

4. Capacidade para criar conexões emocionais

Por fim, um comunicador eficaz é aquele que consegue se adaptar ao contexto e aos objetivos sem prejudicar a sua essência. 

Conseguir criar conexões emocionais ao se comunicar com alguém é outra habilidade muito importante, que faz a diferença na hora de realizar uma apresentação, conduzir uma reunião com o time ou em outros momentos do dia a dia profissional. As minhas recomendações para desenvolver essa competência são:

Conhecer o público e as suas dores

É fundamental saber para quem está sendo direcionado o discurso, pois dessa forma você sabe como envolver e provocar reações nas pessoas utilizando os argumentos e as referências certas.

Focar na humanização

Evite se comunicar de forma mecânica e engessada.
Aposte na humanização da fala, utilizando exemplos e enfatizando resultados que trouxeram satisfação pessoal. Além disso, use uma linguagem corporal acessível para acolher o interlocutor.

Utilizar o storytelling

Usufruir da técnica de contar histórias é uma excelente estratégia para gerar identificação.
Por meio de uma história muito bem contada, o comunicador tem ainda mais chances de atingir os seus objetivos e promover conexões emocionais e racionais, que são fundamentais para o sucesso de uma apresentação, reunião etc.

Empatia

Empatia A própria empatia, que expliquei no começo deste artigo, também é importante para criar conexões emocionais na comunicação.
Ao conhecer o perfil da audiência, você consegue se colocar em seu lugar e utilizar os argumentos mais adequados para gerar as emoções desejadas.

Apelar para o visual

Por fim, a visão tem um apelo bem forte e utilizar vídeos e imagens que despertem os sentimentos desejados é uma ótima técnica para se conectar emocionalmente com o público em uma apresentação ou reunião.

5. Capacidade para criar conexões emocionais

Ser eficaz na transmissão de uma mensagem é uma habilidade complexa, mas que pode ser desenvolvida. Além de tudo o que já foi explorado ao longo do artigo, há outros pontos que considero importantes para que a mensagem seja compreendida de maneira eficaz pelo interlocutor. São eles:

Clareza sobre os objetivos 

Seja em uma reunião de feedback, uma apresentação de resultados ou uma convenção de vendas, há sempre um objetivo a ser atingido por quem está conduzindo o processo, certo?

Ter conhecimento sobre esses objetivos é fundamental para transmitir uma mensagem clara e objetiva, afinal, se você não sabe o que deseja alcançar por meio daquela reunião ou apresentação, a comunicação tende a ser falha. Por isso, antes de mais nada é fundamental entender os seus objetivos:

  • Na reunião de feedback, você precisa orientar o seu liderado sobre os resultados da avaliação de desempenho, destacando pontos positivos e negativos, demonstrando o seu valor para o time?
  • Na apresentação de resultados, você deve reforçar que a equipe não atingiu as metas estabelecidas, mas sem gerar desmotivação?

Ao ter esse norte, pode ter certeza de que a comunicação como um todo será muito mais eficaz porque você pensa no conteúdo e na forma de se comunicar de acordo com os objetivos estabelecidos.

Conhecimento sobre o público

Para transmitir uma mensagem clara, concisa e objetiva, é necessário se questionar sobre o público e quais são os seus desejos, valores e dores.Aqui, o grande desafio é adequar o conteúdo e a linguagem da mensagem aos diferentes perfis de audiência.
Um exemplo: não é recomendado utilizar referências específicas dos anos 60 para realizar explicar um conceito em uma apresentação direcionada aos jovens da geração Z. Não é unânime, mas com certeza boa parte desse público não terá conhecimento sobre tais referências, o que irá atrapalhar a transmissão da mensagem.

Oratória

Um dos aspectos da oratória é o tom de voz, que impacta bastante a comunicação como um todo.

A entonação da voz é muito poderosa, podendo transmitir emoções e auxiliar no tom da fala. Um bom comunicador é capaz de intensificar e aliviar a voz nos momentos certos. Lembrando que a voz é uma ferramenta importante para quebrar a monotonia, fazer destaques e se conectar com o público.
Outro ponto são os vícios de linguagem, que devem ser evitados para não gerar distração no público, e a dicção, que precisa ser bem trabalhada para que a mensagem seja transmitida com clareza.

Como desenvolver todas essas habilidades?

Desde 2003, a SOAP, empresa da qual sou sócio fundador, é referência no mercado de apresentações. Ao longo dos anos, expandimos a nossa atuação com treinamentos para empresas e cursos para pessoas que desejam desenvolver as suas habilidades de comunicação.

Para aprimorar suas competências altamente desejadas no mundo profissional e expandir suas habilidades de comunicação corporativa, recomendamos que você nos acompanhe em nossas redes sociais. Não perca nossos artigos semanais, nos quais abordamos uma variedade de temas essenciais para o desenvolvimento dessas habilidades e muito mais.

Até breve, 

Edu Adas
Sócio fundador da SOAP, uma empresa que foi pioneira na criação do mercado de apresentações profissionais, tanto no Brasil como na Europa. Além disso, tive a honra de coautoria nos livros “Detone” e “Super Apresentações”. Hoje, dissemino a minha paixão pela comunicação com excelência por meio de cursos, mentorias e palestras.

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